Uma carga de botijões de gás, roubada na região de Engenheiro Coelho e avaliada em cerca de R$ 360 mil, foi recuperada em Paulínia pela Guarda Civil Municipal (GCM) na quarta-feira (6) à noite. Dois homens, de 20 e 27 anos, foram presos por receptação e associação criminosa. Um deles alegou que receberia R$ 3 mil para guardar a carga em uma chácara. A polícia suspeita que os botijões seriam comercializados por preços abaixo do praticado no comércio na cidade.

A carga, com 632 botijões P13 (de cozinha); 25 P20 (utilizado em balonismo e empilhadeiras) e 8 P35, havia saído de Paulínia e seguia para a região de Mogi Mirim. O motorista e dois ajudantes foram rendidos por volta das 17h, por quatro homens em um carro, quando trafegavam na Rodovia SP-147 (que liga Limeira a Mogi Mirim) e foram obrigados a entrar em um carro usado pelos criminosos.

As vítimas foram encapuzadas e tiveram os pulsos amarrados, permanecendo cerca de duas horas em poder dos criminosos, circulando. Os trabalhadores foram liberados por volta das 22h, próximo ao Sucão, na Rodovia Anhanguera, em Sumaré.

Enquanto os dois eram mantidos reféns, parte da quadrilha levou o caminhão para um residencial de chácaras, na região do bairro Saltinho, em Paulínia.

Uma testemunha viu uma movimentação estranha em uma chácara e acionou a GCM, que foi até o endereço indicado e avistou o caminhão parado em frente a uma chácara na Rua Antônio de Freitas e quatro homens no local. Perto do caminhão estava uma caminhonete estacionada e uma motocicleta. Ambos os veículos foram apreendidos.

A entrada dos agentes foi permitida por um dos moradores que, inclusive, forneceu imagens de câmeras de segurança do local. Três dos suspeitos fugiram pelos fundos e um comparsa foi detido na chácara. Parte da carga havia sido descarregada. No caminhão, os agentes localizaram dois bloqueadores de sinal.

Nas imagens fornecidas, o caminhão aparece parado em uma rua de terra e cinco homens caminhando a pé em direção à chácara – supostamente ajudantes.

O rapaz detido na chácara confessou a participação na receptação e alegou que receberia R$ 3 mil para guardar a carga no local. Ele tinha a função de olheiro no local. Enquanto uma equipe ficou na chácara, outra, da Ronda Ostensiva Municipal (Romu), conseguiu localizar um segundo suspeito do crime no bairro Jd. Amélia. O caso será investigado pela Polícia Civil. “Com certeza essa carga seria distribuída em mercadinhos de bairros por preços bem baixos. Geralmente, os criminosos alegam que não têm nota fiscal porque compraram direto do fornecedor”, esclareceu o inspetor de Área Operacional da GCM, Herycon França de Oliveira.

Leite

No começo de agosto, a GM de Paulínia recuperou uma carga com 12,9 mil litros de leite, avaliada em R$ 70 mil, roubada em Artur Nogueira. A mercadoria foi achada em um mercadinho no bairro Bom Retiro, após o motorista do caminhão tentar registrar denúncia de roubo na cidade vizinha. Uma parte da carga já estava à venda.

O comerciante alegou que havia comprado a carga de um vendedor, mas, mediante imagens de monitoramento, os GMs viram que o próprio motorista do caminhão tinha descarregado o leite no mercadinho. O motorista foi preso por furto e falsa comunicação de crime, enquanto o dono do mercadinho por receptação.