Segundo a família da vítima, agressões eram frequentes
A investigação da Polícia Civil apontou que o homem que agrediu e matou uma mulher de 28 anos em Paulínia na madrugada do último domingo (2), demorou pelo menos quatro horas para levar a vítima ao hospital. Roberta dos Santos Alves deu entrada no Hospital Municipal com vida, mas não aguentou aos ferimentos.
O autor do crime, Jhoney Henrique Torres Teixeira, de 22 anos, era casado com a vítima há mais de um ano. Durante o depoimento, ele mudou a versão pelo menos três vezes.
Segundo a Polícia Civil, o agressor disse primeiro que Roberta teria tentado suicídio. Depois, confessou que discutiu com a esposa, dando socos, e horas depois buscou o atendimento médico.
A investigação, no entanto, apontou que a briga começou por volta das 20h de sábado e Jhoney deixou Roberta no hospital no início da madrugada de domingo, por volta da 1h. Segundo a equipe médica, Roberta chegou com lesões internas na região da barriga, causadas por espancamento.
AGRESSÕES FREQUENTES
Quem registrou o boletim de ocorrência na delegacia foi a irmã de Roberta, que desconfiou da versão do cunhado.
“Ele sempre agredia ela, mas ela não falava para a gente da família, só para os outros de fora”, afirmou Alícia Mattos, irmã da vítima. “Eu quero Justiça. A Justiça maior é a Justiça de Deus. E ele vai ter que pagar”, acrescentou.
De acordo com a Polícia Civil, Jhoney teria cometido o crime depois de uma briga por ciúmes de contatos telefônicos no celular dela.
O caso é investigado como homicídio, com a qualificação de feminicídio, na Delegacia de Paulínia. Jhoney foi preso em flagrante e encaminhado para a cadeia anexa ao 2º Distrito Policial de Campinas. Ele e será transferido para uma unidade prisional em Hortolândia.