Uma autônoma de 39 anos que afirma ter sido estuprada dentro de casa pelo próprio colega com quem dividia apartamento em Praia Grande, no litoral de São Paulo, conversou com o G1 nesta terça-feira (4) e afirmou estar bastante assustada com a situação. Ela relata que confiava no programador, de 43 anos, já que acreditava manter uma relação de amizade com o homem.
“Eu o conheci quando ainda vivia em São Paulo. Ele trabalhava lá. Vim para cá no ano passado para ajudá-lo porque ele estava com dificuldades financeiras. Fiz várias coisas para arrumar a casa dele”, diz. De acordo com a vítima, eles chegaram a ter um breve relacionamento, mas depois terminaram. “Quando vim para cá, percebi que ele bebia muito e ficava agressivo”, disse.
Depois disso, a mulher afirma que os dois mantiveram uma relação, que ela acreditava, ser de amizade. Porém, no Natal do ano passado, conforme conta, ele teria bebido muito e chegou a feri-la com faca. “Eu sempre falei que só era amiga dele e que não tínhamos mais nada. Depois desse dia, ele acordou como se nada estivesse acontecido. Achei que era apenas algo que iria passar, que isso só foi causado pela bebida e não que ele fosse uma pessoa de má índole. Passei por cima. Eu não tinha para onde ir”, diz.
Há cerca de um mês, ela conheceu um rapaz e contou ao agressor do novo relacionamento, que afirmou estar tudo bem diante do ocorrido e ainda a incentivou. “Ele disse ainda que queria que eu levasse o meu namorado lá, para ele conhecer”, diz.
Na madrugada de sábado (1º), ela relata que quando estava dormindo, o colega a chamou de madrugada, porque estava sem a chave. “Eu joguei a chave e voltei a dormir. De repente senti ele me virando com tudo. Eu pedi para pelo amor de Deus para ele parar e ele me mandou calar a boca, me segurou com muita força e começou a me estuprar. Fiquei com medo dele me matar”.
A vítima conta que, em seguida, ele deitou ao lado dela como se nada estivesse acontecido. Com medo, ela afirma que ficou em reação. “Não tenho ninguém da minha família em Praia Grande. Depois daquilo que aconteceu eu fiquei sem reação, foi muito rápido e eu não esperava isso. Desde o ano passado eu estava aqui e não tinha acontecido nada. Confiava nele”, diz.
No outro dia, logo pela manhã, ela foi ao trabalho e contou toda a situação para a patroa e ao namorado. Emocionada, ela conta que teve todo o apoio dos amigos e foi registrar boletim de ocorrência na Delegacia Sede de Praia Grande. “Não fico mais naquele apartamento. Agora eu saio na rua e sinto medo. Parece que todo mundo me olha na rua e me condena, principalmente os homens. Não consigo comer. A cena fica passando pela minha cabeça. Parece que ele destruiu a minha vida”, finaliza.
Segundo apurado pelo G1, o caso segue sendo investigado pela polícia mas, até o momento, o suspeito não foi preso.
Fonte: G1