Uma história que poderia ter um final muito triste, graças à presteza e prontidão do Guarda Civil Renato Barros, teve uma reviravolta e um desfecho de amizade, respeito e gratidão. Na noite de sexta-feira (01), a pequena Heloisa, de apenas 15 dias de vida no dia do ocorrido, engasgou com o leite que havia tomado, ficou sem ar e desmaiou, pelo fato de ter ficado com a boca e o nariz entupidos.

A mamãe e dona de casa Priscila Alves da Cunha Goes, 29 anos, ficou desesperada ao ver a sua filha sem respiração e desacordada. “A boquinha ficou roxa e ela não respirava. Fiquei desesperada, sem saber o que fazer, até que um anjo em forma de guarda apareceu para salvar uma vida”, contou.

Priscila havia amamentado a filhota e a colocado para dormir, por volta das 23h. Heloísa acabou gorfando e um pouco de leite acabou entrando em seu nariz. Como consequência, a bebê ficou sem respirar. A correria foi geral. Priscila e seu marido, o auxiliar administrativo de logística Willian Goes, 28 anos, saíram da casa onde moram, no bairro São José, agoniados, em direção ao Hospital de Paulínia em busca de ajuda.

“Assim que saímos de nossa residência notamos a presença de diversos policiais, em uma blitz. Já saí com a Heloisa gritando e pedindo socorro. Renato foi muito rápido, pegou a minha filha em seu colo e começou os procedimentos de primeiros socorros”, relatou a mamãe.

Renato explicou que fez uma manobra para desobstruir as vias aéreas e que sugou um pouco de leite. “A sensação que fica é a melhor. Não tenho palavras para descrever a minha alegria por ver a pequena Heloísa viva e feliz, com a família. Agradeci muito a Deus por ter me usado para salvar uma criança”, afirmou o guarda.

Assim que terminou o procedimento do Guarda Renato, Heloísa voltou a respirar normalmente, mas mesmo assim foi levada ao hospital e em seguida liberada, sem nenhum dano ou sequela.

Salvamento

O médico clínico Geral Anderson Gabriel, que trabalha no Hospital de Paulínia e com ampla experiência em atender casos similares ao afogamento de Heloísa, relatou que em tais situações a primeira coisa a ser feita é colocar a criança de bruços e comprimir as costas, apertando e dando tapas leves, para que o alimento possa sair. Em seguida, a criança deve ser encaminhada para um médico. Outra opção é acionar rapidamente a Guarda, PM (Polícia Militar) ou o Corpo de Bombeiros.

Renato foi elogiado pelo Secretário de Segurança Cícero Brito e pelo prefeito Antonio Miguel Ferrari, o Loira, em razão de seu profissionalismo e agilidade em salvar a vida da bebê.