Paulínia News

Menino quase morre após ter pescoço cortado com cerol em Valinhos

Um menino de 11 anos quase morreu quando uma pipa com linha cortante, do tipo chilena, passou na altura de seu pescoço, fazendo um corte de quase 10 centímetros. O caso ocorreu na segunda-feira (23), em um condomínio fechado de Valinhos.

O menino, Miguel Mendes Peixoto, levou 12 pontos no pescoço para fechar o corte. Ele estava andando de bicicleta na rua onde mora quando sentiu a linha cortando o pescoço. “Eu coloquei a mão no pescoço e vi o sangue. E vai demorar um pouco para cicatrizar ainda porque cortou por dentro também”, disse.

A mãe, Gisele Mendes Peixoto, disse que agiu rápido e deu o socorro para o filho assim que ele chegou em casa. “Deus me deu estrutura para agir rápido”, disse ela. Depois de correr para o hospital, os pais voltaram para analisar o que havia acontecido e viram a pipa e a linha. A pipa já tinha sido cortada e a linha foi se enroscando entre casas e árvores do condomínio.

Apesar de guardar a pipa e a linha em casa, a família ainda não descobriu quem é o dono dela. Soltar pipa não é crime, mas usar cerol na linha, é. A PM (Polícia Militar) informa que o uso do cerol é considerado crime penal capitulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contravenções Penais.

Se a pipa que provoca o acidente é de uma criança, os pais são responsabilizados. Se for de um adolescente ele responde por ato infracional e pode inclusive cumprir medida socioeducativa na Fundação Casa. Agora, se a pipa for de um adulto, o responsável pode responder por lesão corporal ou homicídio, dependendo da gravidade do ferimento.