Estadio Moises Lucarelli da Ponte Preta

Texto passa por primeira discussão nesta quarta-feira (19), a partir das 19h

A Câmara de Vereadores de Campinas vota nesta quarta-feira, em primeira discussão, o projeto de lei 302/2015, que propõe a liberação de venda e consumo de bebidas alcoólicas em arenas e estádios esportivos. Ponte Preta e Guarani apoiam a proposta.

O PL usa como argumento a realização da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, quando a venda de cervejas foi liberada nos estádios durante o Mundial, “não se constatando atos consideráveis de violência causados pelo consumo de bebidas alcoólicas”.

A proposta que será analisada pelos vereadores estabelece a permissão de venda e consumo de bebidas em bares, lanchonetes, camarotes e áreas VIP, desde que observada as seguintes condições:

– Antes do início do jogo, durante os períodos de intervalo e até 30 minutos após o término da partida;
– Servidas em copos plásticos;
– Com teor alcoólico, no caso de cervejas industrializadas ou artesanais, de até 14% de teor alcoólico.
– O texto ressalta, no entanto, que permanece proibida a venda e entrega de bebidas a menores de 18 anos, podendo o fornecedor responder civil e criminalmente.

Pelo projeto de lei, será obrigatória a adoção de medidas educativas por parte dos fornecedores da bebida alcoólica mostrando a “nocividade do consumo exagerado do produto” através de cartazes, distribuição de panfletos ou pelos telões, monitores e televisores.

Aprovação dos clubes

Rivais fora dos campos, Ponte Preta e Guarani, que disputam a Série B do Campeonato Brasileiro, demonstraram apoio ao projeto de lei que será votado nesta quarta.

– A Ponte Preta não apenas apoia o projeto como ela mesma defende esta demanda. Durante a Copa do Mundo no Brasil houve venda de cerveja nos estádios sem que nenhum problema significatico decorrente desta fosse registrado. Hoje há venda de bebida fora dos estádios antes do jogo, o que faz com que boa parte da torcida fique até o último minuto fora do estádio bebendo o quanto pode porque sabe que lá dentro não tem essa opção, o que gera ainda confusão na entrada. Mais ainda, a bebida não tem procedência, o que coloca em risco a saúde do torcedor, e não paga nenhum tipo de imposto – diz nota do clube alvinegro.

– O Guarani é amplamente favorável à aprovação deste projeto. Hoje é uma realidade que os torcedores consomem bebidas nas proximidades dos estádios. A proibição dentro dos estádios não afasta o consumo – complementa a nota do clube alviverde.

Procurada para comentar sobre a liberação de bebidas alcoólicas em estádios de Campinas, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que não comenta sobre projetos de lei.