Após a confirmação de uma morte por Febre Maculosa, a Prefeitura de Paulínia, por meio da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), alerta a população sobre os cuidados necessários para evitar a contaminação pela doença. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, a vítima é uma mulher de 53 anos, moradora do bairro São José, que foi contaminada em visita a uma represa na cidade de Cosmópolis.

“Apesar de ser um caso importado, é preciso reforçar que entre os meses de junho e outubro há aumento na incidência de carrapatos, que são os principais transmissores da Febre Maculosa, doença infecciosa febril aguda, de gravidade variável, causada por bactéria do gênero Rickettsia (Rickettsia rickettsii)”, afirma a médica veterinária responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses de Paulínia, Iracema Custódia dos Santos Sá.

Iracema reforça ainda que algumas áreas no município devem ser evitadas devido a possível circulação de capivaras nestes locais. “É o caso da Lagoa Santa Terezinha, das lagoas localizadas no Complexo Brasil 500 e APPs (Áreas de Proteção Permanente). Aproveito para reforçar que, por diversas vezes, instalamos placas de alerta nestes locais e, infelizmente, elas foram retiradas em atos de vandalismo, prejudicando o trabalho de combate à Febre Maculosa. Pedimos, portanto, a colaboração da população para que nos ajudem a manter os avisos intactos”, reforça a veterinária.

Em Paulínia, de acordo com Vigilância Epidemiológica, até o momento foram registradas 34 notificações de Febre Maculosa. Do total, a cidade contabiliza 31 casos negativos, 1 aguardando resultado, 2 positivos e um óbito, no segundo caso positivo, o paciente passou por tratamento e passa bem.

Sintomas – Os principais sintomas de febre maculosa são: Febre acima de 39ºC e calafrios; Dor de cabeça intensa; Conjuntivite; Náuseas e vômitos; Diarreia e dor abdominal; Dor muscular constante; Insônia e dificuldade para descansar; Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés; Gangrena nos dedos e orelhas; Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória.

Tratamento – A febre maculosa tem cura, mas seu tratamento deve ser iniciado com antibióticos após o surgimento dos primeiros sintomas para evitar complicações graves, como inflamação do cérebro, paralisia, insuficiência respiratória ou insuficiência renal, que podem colocar em perigo a vida do paciente.

Atenção aos cuidados:

– Evite áreas de reconhecida presença de carrapatos Estrela, ou de animais como capivaras e equinos, possíveis transmissores da doença.

– É sempre recomendado o cuidado ao circular em locais com grama alta, devendo-se, se possível, utilizar roupas claras e camisas de mangas longas, sapatos fechados, evitando saias e bermudas.

– Procure atendimento médico caso encontre um carrapato na pele. Não é recomendado retirar o carrapato sem orientação médica. Vá a um pronto atendimento ou a um posto de saúde para retirá-lo de forma adequada e evitar o risco de surgimento tanto da Febre maculosa quanto de infecções secundárias.

– Não existe tratamento medicamentoso preventivo para a doença. Após a retirada do carrapato no pronto atendimento, se surgirem sintomas como dor de cabeça, dor nos olhos, febre alta, manchas avermelhadas principalmente nas mãos, entre o sétimo e o décimo quinto dia após contato com o inseto, retorne ao centro de saúde de atendimento inicial para que o médico entre com a medicação específica para a Febre Maculosa.