Paulínia News

Projeto “Construindo Música” desafia crianças a transformarem sucata em instrumentos musicais (Confira as fotos)

Um público de mais de 700 pessoas, entre educadores e alunos da Rede Municipal de Ensino, lotou o auditório do Theatro Municipal de Paulínia na manhã da última quarta-feira, dia 18, durante o lançamento do “Construindo Música”, projeto de iniciação musical no qual as crianças aprendem noções básicas de música e constroem seus próprios instrumentos musicais reutilizando materiais e embalagens que iriam parar no lixo. A ação é realizada por meio de parceria firmada entre o Instituto Rhodia, a Evoluir – Educação Transformadora e a Prefeitura Municipal de Paulínia.

Elaborado e realizado pela Evoluir – Educação Transformadora, o Projeto chega à cidade para atender alunos e professores de três escolas: EM Nelson Alves Aranha Neto, EM Professora Odete Emídio de Souza e EMEF Maria Regina Ferreira de Mattos e Moura. Contudo, serão abertas vagas para mestres de outras unidades de ensino que tenham interesse em trabalhar música com as suas turmas. As oficinas com os professores serão ministradas pelo arte educador Mauro Tanaka.

Na primeira fase do Projeto, pocket shows de 30 minutos serão apresentados nas escolas selecionadas (um na parte da manhã e outro à tarde). A iniciativa tem por objetivo sensibilizar a comunidade escolar para uma formação continuada que possa ser incluída no plano político pedagógico e mostrar toda a potencialidade da ação, que inclui oficinas de regência, percussão corporal e sensibilização à música.

O objetivo, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação, é levar educação musical para dentro das escolas de uma forma lúdica e divertida, trabalhando também conceitos de sustentabilidade, meio ambiente, coletivismo e responsabilidade social.

Neste contexto, os educadores musicais fazem um show, no qual apresentam a diversidade dos sons e timbres, assim como as variadas possibilidades dos instrumentos musicais construídos a partir de materiais recicláveis. Além disso, e com a ajuda de educadores experientes na construção de instrumentos, as crianças conhecem as possibilidades musicais do próprio corpo e dos objetos do dia a dia, reaproveitados e com novos significados. A atividade começa com jogos de percepção musical e com a coleta de materiais que acabariam no lixo, como garrafas PET e latas de alumínio, os quais são transformados em instrumentos.

Segundo Odete Duarte, diretora de comunicação do Grupo Solvay na América Latina e diretora do Instituto Rhodia, o objetivo da empresa na área social é apoiar projetos ligados à educação e ao desenvolvimento de crianças e jovens de escolas de ensino público de comunidades do entorno de suas unidades industriais. “O apoio a esse tipo de projeto também está alinhado ao pilar de sustentabilidade que é uma das prioridades do Grupo Solvay em todo o mundo”, disse Odete Duarte.

“O projeto mobiliza toda a escola sobre a importância da música e seus benefícios para o aprendizado de crianças e jovens e ao mesmo tempo, por propor a construção de instrumentos musicais com material reutilizado, promove a conscientização sobre o consumo”, afirma Fernando Monteiro, diretor da Evoluir – Educação Transformadora, que desenvolve e aplica as metodologias do projeto.

“Trazemos os professores para serem parceiros dos educadores musicais e, assim, todos aprendem juntos”, conta a artista Flávia Maia, responsável pelo conteúdo pedagógico do projeto e integrante do grupo de percussão corporal Barbatuques. De acordo com ela, “a cada encontro busca-se explorar todo o potencial das crianças. Elas se desenvolvem a ponto de compor músicas, criar fusão de ritmos e até formar bandas.”, finaliza.

Além de todo o trabalho com os estudantes, estão previstos oitos horas de formação para os educadores (com duas horas semanais específicas para acompanhamento pedagógico) e 16 oficinas, com duas horas de duração cada uma, para os estudantes.

Sobre o “Construindo Música”

O projeto “Construindo Música” tem como temas centrais a musicalização infantil, prevista na Lei nº 11.769, que, desde 2008, torna obrigatório o ensino de música no ensino fundamental, e a preservação do meio ambiente. Seus idealizadores acreditam que a escola deve ser um espaço para reflexão sobre valores, hábitos e, sobretudo, exercer o papel na construção de uma sociedade que respeita a natureza, se apodera e se responsabiliza pelos espaços e práticas públicas que promovem uma cultura saudável e responsável, envolvendo toda a escola e as famílias nessa reflexão e discussão sobre cultura, música e meio ambiente em uma atmosfera de troca e respeito, na qual todos se enriquecem de conhecimento e promovem uma transformação real. Além de aprender sobre música e preservação do meio ambiente, as crianças também têm a oportunidade de desenvolver habilidades socioemocionais como autonomia, autoconsciência, habilidades de relacionamento e consciência social. Desta forma, pode-se perceber que o projeto apoia o desenvolvimento dos alunos de forma integral (social, emocional e cognitivo) e fortalece as práticas já existentes dentro da escola. Desde a sua criação, em 2014 o projeto já beneficiou 200 escolas e milhares de estudantes.


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