A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu um homem de 39 anos por estuprar a própria filha. No início dos abusos, a jovem, que hoje tem 18 anos, era uma criança de 11 anos. O pai dela confirmou que manteve relações sexuais com a filha e disse que os atos foram “consensuais”, “sem ameaças”. O caso foi registrado na Delegacia Regional de Betim.
A vítima, porém, alega que sofria sempre ameaças de morte caso revelasse os abusos para alguém. Após várias agressões, ela tentou suicídio e resolveu contar para a madrinha sobre os crimes. As duas procuraram a Polícia Civil nesta segunda-feira.
A mãe negou que tivesse conhecimento sobre os estupros. De acordo com a polícia, ela chorou muito com a prisão do companheiro. A mulher chegou a afirmar a menina propôs a “prática de relações” em troca de dinheiro e roupas.
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Em Juiz de Fora, outro homem foi preso sob a suspeita de ter cometido abusos sexuais contra o próprio filho, de 4 anos.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Rafael Gomes, no inicio do mês de março, a mãe da criança foi até a delegacia, relatando que o filho mais velho teria dito que seu irmão de 4 anos teria confessado que o pai estaria abusando sexualmente dele. A mãe, quando tomou conhecimento disso, ficou muito preocupada, conversando com a vítima, que acabou confirmando o abuso. Ela gravou o áudio dessa conversa e a mostrou para a polícia.
O pai do menino foi preso na manhã desta terça-feira. Foi instaurado um inquérito policial e foram tomados os depoimentos da mãe e dos outros dois irmãos. A vítima foi encaminhada ao hospital, onde foi ouvida por profissionais da área e corroborou o que havia dito.
“Foi pedida representação por prisão temporária, deferida por 30 dias pelo Poder Judiciário, por se tratar de crime hediondo e, nessa terça, logramos êxito em prender o suspeito do abuso”, ressaltou o delegado.
O investigado alegou à polícia que não praticou qualquer abuso, que encostava nas partes íntimas da criança apenas quando ia higienizá-la ou quando ia dar banho, porém as provas são contundentes em desfavor do suspeito.
“Esse é um crime que acontece entre quatro paredes, e como não deixou vestígios, o código de processo penal autoriza a substituição pela prova testemunhal, sendo a medida tomada neste caso”, disse Gomes.
As investigações continuam, no intuito de fazer um levantamento da vida pregressa do suspeito, uma vez que ele realizava atividades de serviços gerais no bairro Barreira do Triunfo, em um campo de futebol, onde lá se desenvolviam trabalhos com crianças e adolescentes entre cinco a 17 anos.