A explosão seguida de incêndio que atingiu a Replan, em Paulínia, na noite de 20 de agosto de 2018, fez com que a maior refinaria da Petrobras registrasse a menor produção em pelo menos 19 anos, período em que os dados são disponibilizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O relatório mostra que a planta teve queda de 35% no refino após o acidente (na comparação com o ano anterior), e o processamento de determinados derivados chegou a zerar no período.

Refino de petróleo pela Replan

Ago-Dez/2017: 7.920.525 m³
Ago-Dez/2018: 5.090.883 m³
Os 16,7 milhões de metros cúbicos (m³) de petróleo refinados em 2018 representam ainda uma queda de 11% na comparação com o ano anterior.

Maior do Brasil
Responsável por 21% de todo o refino de petróleo do Brasil, a Replan produz gasolina, diesel, querosene de aviação, gás liquefeito de petróleo (GLP), óleo combustíveis, asfalto e outros derivados para atender os seguintes mercados:

Interior de São Paulo
Sul de Minas
Triângulo Mineiro
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Rondônia
Acre
Goiás
Brasília (DF)
Tocantins

Com as unidades atingidas desinterditadas da ANP entre novembro de 2018 e janeiro de 2019, a refinaria em Paulínia voltou a operar com 100% da capacidade de produção em 25 de janeiro. Segundo a Petrobras, a Replan tem capacidade para processar 434 mil barris por dia, ou 69 mil m³/dia.

Derivados
Dos derivados feitos em Paulínia, alguns chegaram a “zerar” após a explosão, como os casos do asfalto e óleo combustível. Nos demais produtos, a queda chegou a 40% no período pós-explosão na comparação com o mesmo período em 2017.
O que diz a Petrobras?
Apesar da queda na produção, a Petrobras informa que não houve impacto no abastecimento do mercado após a explosão em 20 de agosto de 2018. “A entrega de produtos às distribuidoras foi reiniciada em 21/08/2018, com estoques da própria refinaria e das demais unidades de refino, garantindo assim, a oferta de combustíveis aos seus clientes”, diz trecho da nota.

“A Refinaria de Paulínia (Replan) retomou no dia 25/01/2019, cem por cento da sua capacidade nominal de produção, que é de 434 mil barris de petróleo processados por dia e que corresponde a aproximadamente 21% de todo o refino de petróleo no Brasil.