Cinco pessoas morreram e uma está desaparecida depois da tempestade da noite da quarta-feira (6) no Grande Rio. A forte chuva acompanhada de ventania causou apagões, derrubou árvores, alagou vias e fechou a Avenida Niemeyer, onde um trecho da ciclovia desabou.

Dois ônibus foram atingidos por deslizamento de terra e árvore na Avenida Niemeyer. Em um deles, uma mulher morreu e outra pessoa é procurada. O motorista deste ônibus conseguiu sair do veículo e teve escoriações. Com a força do deslizamento de terra, o ônibus foi jogado contra a mureta da avenida e invadiu a ciclovia.

Duas retroescavadeiras são usadas nos trabalhos. Os bombeiros tentam tirar uma árvore que está em cima do ônibus, exatamente no local onde estaria uma pessoa.
Houve quedas de barreira em vários pontos da Avenida Niemeyer – a ciclovia caiu perto de São Conrado, e o ônibus foi atingido quase no extremo oposto. O prefeito Marcelo Crivella confirmou que a situação mais crítica é na Niemeyer. “Vai demorar mais de um dia inteiro para normalizar”, disse.

Duas pessoas morreram em Barra de Guaratiba, uma na Rocinha, uma no Vidigal e uma na Avenida Niemeyer.

Um morador do Vidigal relatou o resgate às vítimas: “Foi desesperador”, contou ele, que teve a casa destruída pela chuva. A Prefeitura afirma que a morte no Vidigal foi causada por um muro que desabou.

Às 10h45, uma menina foi resgatada com vida do alto do Vidigal. Ela foi levada de helicóptero e o estado de saúde dela não foi informado.
A comunidade do Vidigal fica na Zona Sul do Rio de Janeiro. A ciclovia Tim Maia fica na Avenida Niemeyer, que está entre o mar e o Morro do Vidigal. A Rocinha também fica na Zona Sul da cidade.

Crivella decretou luto oficial de três dias pelas mortes;
Telefones úteis: 193 (Corpo de Bombeiros), 199 (Defesa Civil, que deve ser informada sobre riscos de desabamento);
A Defesa Civil recomenda que os moradores se cadastrem no serviço gratuito de alertas via SMS. Basta enviar o CEP do imóvel para o número 40199, por mensagem de texto.

Bloqueios no trânsito
Avenida Niemeyer está interditada nos dois sentidos. Com isso, a Autoestrada Lagoa-Barra sobrecarregou. Opções: Alto da Boa Vista ou a Linha Amarela, que têm fluxo intenso;
Grajaú-Jacarepaguá no sentido Freguesia. O sentido Grajaú está aberto;
Av. Lúcio Costa, no sentido São Conrado, altura da Praia da Reserva;
Mergulhões na Barra da Tijuca: os dois da Av. Ayrton Senna e da Av. Armando Lombardi;
Estrada dos Bandeirantes, sentido Taquara, na altura do Condomínio Rota do Sol;
Av. Visconde de Albuquerque, sentido Jardim Botânico, altura da Praça Sibélius.

Transportes
Os aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim operam normalmente;
A circulação das três linhas do metrô e dos bondes do VLT no Centro está normal nesta manhã;
O BRT chegou a interromper as atividades às 21h25, mas no fim da noite voltou a operar com intervalos irregulares;

A SuperVia tem intervalos normais, assim como as Barcas.
Mãe e filho morreram quando a casa da família desabou em Barra de Guaratiba. Isabel Martins da Paes, 56, e Mauro Ribeiro da Paes, 32, foram soterrados quando a lama desceu pela encosta onde o imóvel fica, na Estrada da Vendinha. Aureo da Paes, marido de Isabel, e Arthur Ribeiro da Paes, irmão de Mauro, ficaram feridos.

Na Avenida Niemeyer uma mulher que estava dentro de um ônibus morreu. No Vidigal, uma garota foi atingida por um muro que desabou. As vítimas ainda não foram identificadas. Outras seis pessoas ficaram feridas na comunidade, entre elas uma grávida e uma criança.

A mulher que morreu na Rocinha foi soterrada e sofreu uma parada cardíaca. O corpo foi levado para o hospital Miguel Couto. Ela foi identificada como Adriana dos Santos.

Defesa Civil
Das 19h da quarta-feira às 6h desta quinta-feira, a Defesa Civil recebeu 104 chamados para vistorias por causa das chuvas. Ainda de acordo com os agentes, bairros de maior demanda são: Barra da Tijuca (12 chamados), São Conrado ( 7), Itanhangá (7), Freguesia (5), Rocinha (5) e Vidigal (4).

Entre as principais ocorrências, estão desabamentos de estrutura, ameaças de desabamento, rachaduras e infiltração em imóveis, e deslizamento de encosta.
Falta de luz
De acordo com a Light, 53% dos clientes que registraram falta de energia elétrica desde o começo do temporal de quarta-feira (6) já tiveram o serviço normalizado.

Segundo a Light, trechos da Zona Oeste como Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio e Campo Grande, e na Zona Norte, como na Tijuca, Méier e Grajaú foram os mais atingidos.

Segundo a concessionária, ventos muito fortes provocam queda de objetos sobre a rede, galhos de árvores e árvores inteiras, dificultando os reparos.

O que é estágio de crise?

Indica que, pelo menos, uma grave ocorrência ou um evento inesperado de grande porte está causando algum tipo de transtorno em uma ou mais regiões da cidade. Ou ainda um temporal que eleve o índice pluviométrico e o risco de deslizamento nas encostas.