O presidente da República, Michel Temer (PMDB), manifestou condolências aos familiares das vítimas assassinadas dentro da Catedral Metropolitana de Campinas (SP). Nesta terça-feira (11), um homem de 49 anos entrou na igreja durante a missa, atirou em quatro pessoas e depois se matou. No total, nove ficaram feridos.

Em sua conta no Twitter, o principal chefe do Executivo do Brasil afirmou que está profundamente abalado com a tragédia. “Profundamente abalado pela notícia desse crime cometido dentro da Catedral de Campinas, apresento minhas condolências aos familiares das vítimas. E rezo para que os feridos tenham rápida recuperação”, afirmou o presidente.

O que já se sabe sobre o ocorrido:
Uma missa havia começado às 12h15;
Um homem entrou armado na Catedral, por volta das 13h;
Ele sentou em um dos bancos da igreja e, ao final da celebração, disparou cerca de 20 tiros;

Ele matou quatro homens: Sidnei Vitor Monteiro, José Eudes Gonzaga, Cristofer Gonçalves dos Santos e Elpídio Alves Coutinho; e cometeu suicídio na sequência;
Quatro pessoas foram atingidas pelos disparos e ficaram feridas;
A motivação do crime é investigada pela polícia;

Os feridos foram levados ao Mário Gatti, Beneficência Portuguesa e Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp – veja, abaixo, o estado de saúde de cada um deles;
Para a polícia, o atirador “executou um plano que tinha na cabeça”;

O atirador foi identificado como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos – ele chegou a trabalhar no Ministério Público como auxiliar de promotoria, mas saiu do órgão em 2014
Segundo a Polícia Civil, o atirador fez tratamento de depressão, era recluso, morava com os pais e tinha um “perfil estranho”.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) publicou, no início da noite desta terça, uma nota sobre o crime. “Estamos acompanhando a apuração das autoridades sobre o crime bárbaro cometido hoje na Catedral Metropolitana de Campinas, em São Paulo. Nossos votos de solidadiedade às vítimas dessa tragédia e aos familiares”, afirmou.

Outras autoridades também manifestaram solidariedade às vítimas da tragédia. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, falou durante sessão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), presidido por ela. “É um evento muito difícil de ser entendido, mas gostaria de encaminhar aos familiares das vítimas as nossas maiores condolências”, disse.

O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), publicou, também em sua conta oficial no Twitter, homenagem às vítimas do que ele chamou de cruel assassinado. “Minha solidariedade aos familiares das quatro vítimas que foram cruelmente assassinadas na Catedral Metropolitana de Campinas nessa tarde”.

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), decretou luto oficial de três dias por conta da tragédia. A Câmara de Vereadores do município também publicou uma nota de pesar. “Neste momento de dor, nossa solidariedade às famílias e amigos dos atingidos por esta calamidade que entristece os corações de todos em nossa cidade”.

Imprensa internacional
A imprensa internacional também se manifestou sobre a tragédia em Campinas. Veículos como a rede de televisão americana CNN, o Jornal El País, da Espanha, e o periódico americano The New York Times noticiaram o crime.

Outros veículos como o Washington Post, Clarin, Le Figaro, La Region, El Mundo e 660 News, também repercutiram o assassinato. O tablóide inglês The Sun, em seu site oficial, menciona “banho de sangue”.

Quem são as vítimas?
Foram identificadas as quatro pessoas mortas por um atirador na Catedral de Campinas (SP) na tarde desta terça-feira (11). Sidnei Vitor Monteiro, José Eudes Gonzaga, Cristofer Gonçalves dos Santos e Elpídio Alves Coutinho morreram dentro da igreja, baleadas por Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos.

Os corpos das quatros vítimas estão no Instituto Médico Legal (IML) de Campinas e ainda aguardam liberação. Informações sobre velório e enterro não foram divulgadas.
O que aconteceu?
O delegado do 1º Distrito Policial, Hamilton Caviola Filho, viu imagens do circuito de segurança dentro da igreja no momento da ação. Ele estima pelo menos 20 disparos.

“Ele sentou a uns dez metros para a frente da porta. Ele não entrou atirando, primeiro ele senta em um banco”, afirma. De acordo com o delegado, logo após a entrada do atirador, três pessoas sentaram no banco atrás dele e foram as primeiras a serem atingidas. Entre elas, uma morreu.

“Ele usou uma arma, mas estava com duas. Motivação a gente só vai saber quando identificar, para saber o histórico dele. Eu estou me reportando às imagens. Ele [atirador] parou, pensou e executou o plano que tinha na cabeça […] Ele se matou, mas o policial deve ter alvejado ele porque estava com um tiro na costela, depois desse tiro ele caiu e se matou”, diz o delegado.

Quem é o atirador?
Euler Fernando Grandolpho tinha 49 anos e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) registrada em Valinhos (SP). O delegado José Henrique Ventura, chefe da Polícia Civil de Campinas, afirmou que a profissão do atirador era analista de sistemas. “Não temos até o momento nenhuma informação sobre motivação”, explica.

Além disso, segundo a Polícia Civil, o atirador não tinha antecedentes criminais e um delegado já foi até a casa onde ele morava para ver com quem morava e se no local são encontradas informações relevantes.

Feridos
Equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local, por volta das 13h20, para atender aos feridos. A informação inicial é de que Jandira Prado Monteiro, de 65 anos, teve lesões em uma das mãos e tórax e foi socorrida ao Hospital Mário Gatti, mas está fora de risco.

Para o mesmo hospital municipal foi encaminhado Heleno Severo Alves, de 84, que foi atingido por dois disparos nas regiões do tórax e abdômen e já passou por cirurgia. O estado dele é grave.

Maria de Fátima Frazão Ferreira, de 68 anos, foi levada ao Hospital de Clínicas da Unicamp após ser baleada em uma das pernas e teve alta no início da noite desta terça-feira.

O quarto ferido é um homem, de 64 anos, que foi atingido por dois tiros de raspão e foi socorrido ao Hospital Beneficência Portuguesa. A assessoria informou à EPTV que ele já teve alta.

O entorno da Catedral Metropolitana foi isolado e câmeras de monitoramento da CinCamp registraram a movimentação na área.