Dois dos três foragidos da “Operação Curriculum Vitae” se entregaram no Fórum de Paulínia, na tarde desta quarta-feira (5). Eles são alvo da Polícia Civil e do Ministério Público por suposto envolvimento com o grupo de 11 pessoas denunciadas esta semana à Justiça porque teriam agido com violência para obrigar empresas prestadoras de serviço da Refinaria de Paulínia (Replan) a contratar pessoas indicadas.

Os presos não ocupavam cargos públicos e eram ligados à uma cooperativa de trabalhadores de Cosmópolis. De acordo com a polícia, o inquérito do caso foi concluído com 35 indiciados, entre eles, Tiguila Paes (PPS), afastado da função de vereador de Paulínia; e Elizaman de Jesus Lopes, que foi exonerado do cargo de secretário de Desenvolvimento e Econômico de Paulínia na terça-feira.

O advogado que defende os dois agentes públicos informou à EPTV, afiliada da TV Globo, que os servidores não inocentes e vão recorrer da denúncia. “Eles não são criminosos, a denúncia é frágil e a gente espera reverter isso na instância superior”, disse Juan Felipe Camargo Coimbra de Souza.

35 indiciados
Segundo o delegado Rodrigo Luís Galazzo, todos os indiciados eram funcionários ligados à cooperativas que faziam protestos e paralisações para obrigar as empresas a contratar os indicados. O agente disse que a investigação ainda terá outros desdobramentos.

“Isso começou com um secretário que era assessor de um vereador. Eles faziam uma gestão junto às cooperativas. Isso gerava um prestígio político, inclusive revertido em votos”, disse o promotor Andre Perche Lucke. Em 15 de maio, Lopes foi preso e exonerado pela Prefeitura. No entanto, quatro dias depois ele conseguiu um habeas corpus e foi nomeado novamente para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.