Cinco dos dez municípios com maior PIB per capita do país estão em São Paulo. Nordeste concentra cidades com menores valores por pessoa.

Levantamento divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 5 dos 10 municípios com maior PIB (Produto Interno Bruto) per capita (por habitante) em 2016 estavam no estado de São Paulo.

Paulínia, no interior paulista, onde a principal atividade econômica é o refino de petróleo, assumiu a liderança do ranking de 2016, com um PIB per capita de R$ 314,6 mil. Na segunda posição, ficou Selvíria, no Mato Grosso do Sul, com valor de R$ 306,1 mil. A cidade tem a economia fortemente ancorada na geração de energia hidrelétrica. No ranking do ano anterior, a liderança foi da cidade de Presidente Kennedy (ES) e Paulínia ficou em 2º lugar.

Em 2016, o PIB recuou 3,3%, segundos dados revisados e divulgados pelo IBGE no mês passado. Em valores correntes, ele chegou a R$ 6,266 trilhões naquele ano, e o PIB per capita ficou em R$ 30.407.

Veja a lista de cidades com maior PIB per capita em 2016:

Paulínia (SP): R$ 314,6 mil
Selvíria (MS): R$ 306,1 mil
São Francisco do Conde (BA): R$ 296,4 mil
Triunfo (RS): R$ 289,9 mil
Brejo Alegre (SP): R$ 274,6 mil
Sebastianópolis do Sul (SP): R$ 253,1 mil
Louveira (SP): R$ 250,8 mil
Campos de Júlio (MT): R$ 202,3 mil
Meridiano (SP): R$ 184,6 mil
Extrema (MG): R$ 183,2 mil

Em 2016, essas 10 cidades com os maiores valores por pessoa representavam apenas 0,1% da população do país. Historicamente, o Top 10 é composto por municípios com baixa densidade demográfica e forte presença industrial.

Na 3ª posição do ranking, São Francisco do Conde, na Bahia, também tem a economia sustentada pelo refino de petróleo. Na 4ª aparece Triunfo, no Rio Grande do Sul, ancorado na indústria petroquímica.

Além de Paulínia, outros quatro municípios paulistas integram o grupo dos dez com maiores PIBs per capita. São eles: Brejo Alegre, com R$ 274,6 mil por pessoa, Sebastianópolis do Sul, com R$ 253,1 mil, Louveira, com R$ 250,8 mil, e Meridiano, com R$ 184,6 mil. Louveira se destaca pelo comércio atacadista, enquanto os outros três têm a economia alicerçada na indústria de biocombustíveis.

Na 8ª posição, Campos de Júlio, no Mato Grosso, tem sua economia impulsionada pela agropecuária. Na 10ª posição, Extrema, em Minas Gerais, tem como destaque da economia a indústria de transformação.

Nordeste concentra cidades com menor PIB per capita

Dentre os 571 municípios com os menores PIBs per capita (todos acima da posição 5.000 no ranking), 496 estão no Nordeste, 44 no Norte e 31 no Sudeste. As regiões Sul e Centro-Oeste não têm nenhum município neste grupo.

O IBGE destacou que apenas dois destes municípios, entre os 571, não tiveram a administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social como principal atividade econômica. São eles: Barra do Corda e Paço do Lumiar, ambos no Maranhão.

Das 10 cidades com menor per capita, 6 são do Maranhão. Veja abaixo a lista das cidades com menor PIB por habitante em 2016:

Novo Triunfo (BA): R$ 3.190
Nina Rodrigues (MA): R$ 4.282
Ipixuna (AM): R$ 4.533
Penalva (MA): R$ 4.530
Pires Ferreira (CE): R$ 4.585
Santana do Maranhão (MA): R$ 4.586
Cajapió (MA): R$ 4.689
Satubinha (MA): R$ 4.766
Matões do Norte (MA): R$ 4.803